Sobre as relações com a UE , "ela constitui  um parceiro excepcional, rica e multidimensional que vai se desenvolver ainda mais", tem declarado  perante os representantes da imprensa acreditados junto  a Bruxelas.

Recordando que as duas partes celebram em 2019 o 50º aniversário de seu primeiro acordo de livre comércio, o Sr. Chami sublinhou que o comércio sempre teve uma grande importância nas relações econômicas marroco-européias.

O volume de comércio entre Marrocos e a UE é estimado a 35 bilhões de euros, dos quais 21 bilhões de importações marroquinas da Europa e 14 bilhões de exportações para o Velho Continente, explicou ele.

Além do aspecto comercial, a parceria Marroco-UE é confortada, de acordo com o embaixador, por vários acordos relativos, entre outros, a pesca, o transporte aéreo com a abertura do céu (Open Sky), o regulamento de disputas comerciais, enquanto outros acordos estão sendo negociados. Tendo citado, em particular, o Acordo de Comércio Livre, abrangente e aprofundado (ALECA), que deveria permitir  as empresas serviços de operar livremente nos territórios: Marroquino e Europeu.

Outros aspectos dizem respeito à protecção de indicações geográficas, dos quais o óleo de argan, a cooperação policial com a Europol, a migração, a gestão de crises no Mediterrâneo, etc. As duas partes também estão cooperando em questões de segurança e de luta contra o terrorismo e o extremismo, sublinhou o Sr. Chami, que enfatiza nesse sentido a importância do programa marroquino de formação de imãs e que beneficia a muitos países africanos e europeus.

Outro exemplo da parceria "bem sucedida" entre o Marrocos e a UE, referendo a Política Europeia de Vizinhança. "O Marrocos é visto pelos europeus como uma" história de sucesso ", graças á sua política de vizinhança", indicou ele, anotando que Marrocos, como beneficiário desta política, conseguiu acelerar suas reformas  como (a justiça, o acesso aos cuidados de saúde, a competitividade das empresas ...), "um esforço saudado pela UE".

Examinando a sentença proferida, Terça-feira pelo Tribunal de Justiça da União Europeia sobre o acordo de pesca entre o Marrocos e a UE, o Sr. Chami lembrou que  ambas as partes tomaram nota deste julgamento e observou que a consulta estreita e sincera que presidiu o processo de adaptação do Acordo Agrícola criou uma valiosa fonte de confiança para o aprofundamento da parceria.

Interrogando sobre a questão da integridade territorial do Reino, o Embaixador reafirmou que a questão do Saara é do domínio exclusivo da ONU, ao mesmo tempo em que destaca a relevância da proposta marroquina de autonomia, qualificada como séria e credível pelo Conselho de Segurança.

"Continuaremos a apoiar os esforços do Secretário-Geral das Nações Unidas e do seu enviado pessoal para encontrar uma solução para esta questão que durou muito e  impede a integração do Magrebe", afirmou, lembrando que o Banco Mundial já tinha alertado sobre o custo do não-Magrebe para as economias da região.

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