quarta-feira, 24 de Abril de 2024  
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Nenhum ser sensato pode creer que a questão possa ser resolvida sem a Argélia

A recente resolução adotada pelo Conselho de Segurança da ONU sobre a questão do Saara Marroquino é um passo na boa direção, declatou o ministro de Relações Exteriores Nasser Bourita, anotando ter trazido respostas necessárias e esclarecidas para as questões que não suportam mais ser mantidas suspensas..





Estas questões, no centro dos procedimentos conduzidos nas altas Instruções Reais em diferentes capitais, dizem respeito às condições de respeito ao cessar-fogo, ao propósito do processo político, ao papel da Argélia neste processo e à inutilidade das  Controvérsias e estéreis sobre questões periféricas, como os direitos humanos ou  os recursos naturais, esclareceu Bourita em entrevista ao semanário internacional- Jeune Afrique- publicado no domingo.

E, no que diz respeito aos acordos de cessar-fogo, o Conselho de Segurança exigiu a retirada imediata do Polisario da zona de Guerguarate, considerando sua presença ilegal e ilegítima, lembrou o ministro, anotando ainda que se trata de um esclarecimento importante. que restabelece a supremacia do acordo de cessar-fogo de 1991 sobre acordos militares definidos vários anos mais tarde,  onde o Minurso preserva a tendência a consagrar e a tomar como única referência.

No entanto, é apenas um instrumento técnico para regulamentar a atividade militar numa zona que não deve mudar de configuração, sob a causa do risco de desmontar o acordo de cessar-fogo, insistiu ele, as "manifestações" no leste do sistema de defesa marroquino, os "agrupamentos" organizados em Bir Lahlou ou Tifariti, ou ainda as "construções administrativas" que o Polisario tende a empreender nesta zona, se consideram pelo Conselho de Segurança como "ações desestabilizadoras", a cessar.

O Polisario é, por definição, uma milícia armada - lembrando: trata de uma entidade não reconhecida pela ONU -, todas as suas atividades, qualquer que seja o seu caráter, sô podem ser consideradas como militares, sublinhou o Ministro.

Ele lembrou ainda que o Conselho de Segurança também definiu o propósito do processo político, um novo parágrafo que veio justo depois daquele de extensão do mandato de Minurso e que enfatiza a necessidade de 'uma solução realista, realizável e sustentável, baseada sobre o compromisso.

Trata de um desenvolvimento muito importante, que descarta os esquemas simplistas e reducionistas que alguns erigiram em dogma, regozija ele, lembrando a titulo de anedota, o termo "realista" que custou o posto a Peter Van Walsum (enviado pessoal do ex-secretário-geral da ONU para o Saara de 2006 a 2008) causando-lhe uma eterna inimizade dos opositores.

Em relação ao papel da Argélia, outro parágrafo foi acrescentado para chamar esse país vizinho a "contribuir mais para o processo político" e "fortalecer seu compromisso com o processo de negociação", sublinhou o Sr. Bourita, anotando também que o Conselho de Segurança não caiu na armadilha de mencionar a questão dos recursos naturais, considerando que isso não é pertinente, enquanto as partes opostas esperavam que o acórdão contestado e contestável do Tribunal de Justiça das União Europeia mudaria a situação.

"Nosso dossiê é sólido, nossos argumentos são fortes e nossa causa justa é cada vez mais ouvida pela comunidade internacional", insistiu ele, argumentando que a Argélia e a Frente Polisário são forçadas a respeitar à legalidade internacional e esta última resolução do Conselho de Segurança.

"Tais como se conhece, eles certamente criarão outros problemas na região e além disso", declarou Bourita, lembrando que Argel, como sempre, implica para enganar o público argelino e internacional, martelando na mídia que a resolução lhe tem sido favorável, enquanto a realidade é outra.

Interrogando sobre a questão que a Argélia se posiciona na mesa de negociações, o ministro ressaltou que o objetivo do Marrocos é que o processo envolva os atores reais

"Uma verdadeira dinâmica não pode ser desincorporada, como uma bolha desconectada da realidade. As Chancelarias não conhecem o Polisario; é o embaixador da Argélia que acabou de iniciar nas vésperas de uma votação sobre a questão do Saara marroquino no Conselho de Segurança ", argumentou ele, anotando que nenhuma pessoa sensata pode acreditar que a questão pode ser resolvida sem a Argélia.

"Em 2007, tem-se assegurado que a Argélia poderia ajudar do exterior. Após 13 rodadas de negociações em Manhasset, anota-se que o Polisario dificilmente poderia decidir o cardápio de suas refeições. Nas negociações, por outro lado, ele foi incpaz de resolver o que seja sozinho ", prosseguiu ele 
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-Notícias sobre a questão do Saara Ocidental / Corcas

 

   
  
 
 

 
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