Tais ativistas chamaram no âmbito do debate geral, à comunidade internacional para que tomasse medidas para proteger os direitos das pessoas nos campos de Tindouf e responsabilizando a Argélia por sua implicação nessas violações.
A Sra. Saadani Maoulainan , membro do Conselho Consultivo Real para Assuntos Saarianos e a Organização para a Comunicação na África e Promoção da Cooperação Econômica Internacional, preocupadas com os problemas que enfrentam os jovens saarauís nos campos de Tindouf.
Esta ativista, durante sua visita a Cuba, considerou que esses jovens "foram privados de seus direitos mais básicos por cinquenta anos, forçados a viver nos acampamentos, suportados a viver em estado de violência e injustiça social".
Destacando também a falta de oportunidades de emprego nos campos e sem perspectiva de um futuro melhor, cuja vida escura, sendo que "todos esses jovens sao injustiçados » devido à falta de motivação e incerteza generalizada.
A Sra. Saadani chamou ainda o Conselho de Direitos Humanos para trabalhar no sentido de acabar com a impunidade dos líderes da Frente Polisário, buscar uma solução justa, pacífica e abrangente da questão do Saara marroquino.
Por sua vez, Hassan Al-Karamiz, da ONG Promoção do Desenvolvimento Econômico e Social, anotando que a Frente Polisário continua a impor políticas repressivas diante das voz dissidente, privando os acampantes de todo direito o mais básico.
Nos campos de Tindouf, tal ativista saharaui sublinhou ao dizer, "qualquer oposição à Frente Polisário é sistematicamente denunciada e reprimida, todas partidos políticos continuam sendo proibidos". Em relação a esta organização separatista que impõe "severas restrições à liberdade de expressão" e faz "assediar defensores dos direitos humanos, jornalistas, ativistas e blogueiros".
A ONG esclareceu considerando que "a liderança da Frente Polisário usa táticas repressivas contra todas as formas de oposição e defesa dos direitos humanos, todas opiniões contra qualquer aca nos campos é banida", mantendo "um tipo estigma de traição contínua, e disseminada entre os líderes e membros da Polisário sob o pretexto de unidade e camuflo".
Sendo que o Estado argelino abriga a Frente Polisário em seu território, arcando com a total responsabilidade das violações cometidas em seu território, de acordo com as regras do direito internacional.
Continuando dizendo que, apesar do alcance internacional e discurso da Argélia em relacao aos "refugiados saarauís", o Estado argelino se recusa ainda a reconhecer os habitantes dos campos de Tindouf como refugiados e a conceder-lhes os direitos, de acordo com as obrigações estipuladas na Convenção e no Protocolo relativos ao Estatuto dos Refugiados.
A ONG concluiu que a recusa em reconhecer o status de refugiado para aqueles que vivem em campos por mais de quatro décadas negando-lhes qualquer gozo de seus direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais.
Outros ativistas enfatizaram a ausência de uma estrutura legal específica para os moradores do campo de Tindouf ; vulneráveis à detenção arbitrária, tortura e desaparecimento forçado, citando os casos de mais de 140 saarauís forcados, presos e mortos a sangue frio pelos líderes da Polisário.
Em relação à liberdade de expressão e associação, este povo mantido em cativeiro nos campos enfrenta severas restrições, muitas vezes levando a prisões e repressão, citando o caso de jovens jornalistas presos e detidos simplesmente por expressarem sua discordância contra os líderes da Polisário.
Denunciando também o saque de ajuda humanitária por parte da Polisário e sua venda em mercados locais na Argélia e nos países subsaarianos.
Nesse contexto, o Conselho de Direitos Humanos foi chamado para permitir ao ACNUR realizar o censo do povo cercado, e os proteger nos campos, envolvendo medidas serias capazes de proteger contra a desapropriação indevida de ajuda e garantir a liberdade de expressão, associação e movimento.
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