A questão do Saara marroquino foi o foco das discussões, quinta-feira passada, em Moscou envolvendo o vice-ministro das Relações Exteriores da Federação Russa, Serguei Vershinin, e o embaixador marroquino na Rússia, Lotfi Bouchaara. O comunicado do Ministério da Relações Exteriores afirmou que, durante essas discussões, "entre as autoridades de dois países, nas quais foram trocadas opiniões sobre os temas da agenda do Conselho de Segurança da ONU",  destacando o rol da solução da questão do Saara "no horizonte, com base na discussão do conselho e a procura de uma saída, durante este mês. "

O porta-voz das Nações Unidas declarou que o Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, Antonio Guterres, nomeou o ítalo-sueco Staffan de Mistura como o seu enviado pessoal para o Saara marroquino.

O  Alto Comissariado para os Assuntos dos Refugiados tem questionado quarta-feira passada, sobre a responsabilidade geral da Argélia na continuação da situação difícil do povo  em  Tindouf, sudeste da Argélia, levantando o motivo da "detenção de quase meio século por razões políticas e ocultas". Intervindo durante a discussão geral da 72ª sessão do Comité Executivo do programa do ACNUR, a delegação marroquina chamou a atenção sobre a “situação inaceitável na qual vive os residentes dos campos de Tindouf na Argélia, sob as condições miseráveis ​​e desumanas agravadas a cada dia, sem razões  esclarecidas da detenção de quase meio século. ”cujas razões são políticas ocultas.

O Secretário-Geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, reiterou no seu relatório junto ao Conselho de Segurança sobre o Saara Marroquino, a plena responsabilidade da Argélia no processo do Saara marroquino. Chamando-a a não fugir  de suas responsabilidades para encontrar uma saída a questão do Saara marroquino,  tendo sido lembrada 14 vezes neste relatório. O Secretário-Geral das Nações Unidas sublinhou ainda que a Argélia “tem um papel preponderante neste conflito regional e que a envolve na solução política da questão do Saara”, sem   nenhuma margem de dúvidas e com compromisso, como parte  desta questão regional, obrigada a empenhar no sentido de resolver  esta disputa em torno do Saara marroquino.

No  relatório do secretário-geral da ONU junto ao Conselho de Segurança sobre o Saara marroquino,  o Antonio Guterres consagra novamente a solução política, sob os auspícios das Nações Unidas e  âmbito exclusivo das resoluções do Conselho, como a única forma para resolver esta disputa regional. Neste contexto, o Sr. Guterres expressou a sua confiança no sentido de continuar a trabalhar em prol de uma solução da questão do Saara marroquino "de acordo com as resoluções 2440, 2468, 2494 e 2548 do Conselho de Segurança".