A França confirmou, terça-feira 30 de abril, antes do Conselho de Segurança da ONU que o plano de autonomia apresentado pelo Marrocos constitui "uma base séria e credível" para as negociações, com vista chegar a uma solução política definitiva para a questão do Saara. A representante permanente da França junto das Nações Unidas, Ann Goigain, na sequência da adopção da resolução do Conselho de Segurança 2468, que prolongou a missão de MINURSO por um período de seis meses:

A resolução consolida as conquistas de Marrocos em termos das resoluções anteriores, notadamente a relevância da iniciativa de autonomia e da necessidade do  censo da população de campos de Tindouf na Argélia.

O Presidente do Grupo de Amizade Parlamentar França-Marrocos (lado francês), Christian Cambon destacou, quarta-feira, em Agadir, o apoio da França à iniciativa marroquina de autonomia, com o objetivo de pôr fim ao conflito artificial em torno do Saara marroquino. "A França apoia a solução de uma autonomia alargada proposta pelo Marrocos", declarou Cambon, presidente da Comissão de Relações Exteriores, de Defesa e Forças Armadas do Senado francês, que também saudou "as duas rodadas de conversas realizadas em Genebra sob os auspícios das Nações Unidas ".

A iniciativa de autonomia marroquina representa uma solução "sustentável" para o conflito em torno do Saara, declarou, quarta-feira, em Rabat, o vice-presidente do Senado checo, Jiří Oberfalzer. A iniciativa de autonomia proposta pelo Marrocos, sem dúvida, constitui uma solução duradoura para o conflito artificial em torno do Saara, sublinhou Oberfalzer em um comunicado à imprensa, após suas conversas com o Secretário de Estado, junto. ao Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional, Mounia Boucetta.

O Marrocos quer uma solução realista para a questão do Saara, declarou, terça Feira, Nasser Bourita, Ministro das Relações Exteriores e Cooperação Internacional, sublinhando que o Reino não é disposto a tomar conta das posições contrárias às resoluções do Conselho Conselho de Segurança das Nações Unidas. Numa entrevista à agência de notícias russa "Sputnik", o ministro chamou todas as partes  para "mostrem realismo e  vontade para chegar a uma solução desta questão".