Rejeitado por uma larga maioria, a emenda introduzida por três deputados da extrema esquerda, visou atribuir um montante de 150 milhões de euros no orçamento da União para o próximo ano.
Desde o início, o MP Neena Gill, reporter da Comissão do Parlamento Europeu dos Assuntos Externos sublinhou antes da abertura dos votos das diferentes emendas do projecto do orçamento que os fundos da UE atribuem a seus parceiros leais da UE e do combate ao terrorismo e ao desenvolvimento sustentável, notadamente em África, bem como para resolver as questões relacionadas com a imigração e a radicalização.
Explicando á MAP as razões da rejeição da Comissão dos Negócios Estrangeiros da emenda em questão do Parlamento Europeu, O Euro-deputado, Cristian Dan Preda destacou que "os golpes provenientes da extrema esquerda e que visam fazer da questão do Sara um grande problema político são inaceitáveis, enquanto Marrocos engaja muitos esforços para o desenvolvimento desta região.
"Temos de respeitar o nosso parceiro, Marrocos e apreciar os esforços engajados por nossos parceiros marroquinos nesta região e não ceder aos golpes dos partidos políticos de extrema-esquerda", sublinhou o eurodeputado do Partido Popular Europeu (Democratas -Chrétiens). Dan Preda confirmou também que a UE não vai continuar a apoiar um movimento separatista ao desperdiçar o dinheiro dos contribuintes europeus, sobretudo pelo caso do desvio e dos peculatos do Polisario da ajuda humanitária, desvendada pelo Organismo Europeu da luta anti-fraude (OLAF) ainda posto sobre a mesa.
O assunto do peculato maciço da ajuda humanitária da UE, destinado ao sequestrados nos campos de Tindouf, volta ao centro do palco. A ajuda europeia estimada a 10 milhões, ela é atribuída anualmente pela Comissão Europeia e deve chegar as populações nos campos de Tindouf.
O relatório do OLAF, desvendado em 2015, enfatiza de facto que as diferentes quantidades de assistência financiada pela Comissão Europeia foram desviadas de seus destinatários durante vários anos pelo Polisario. Este documento afirma que uma das causas do tráfico em grande escala foi a falta de visibilidade quanto ao número exato de beneficiários, porque nunca um recenseamento dos acampamentos foi organizado.
A questão do censo é também uma das principais preocupações da União Europeia. Em Bruxelas, os eurodeputados, expertos e responsáveis da UE continuam a chamar a atenção da UE para a urgência de conhecer o número exato dos beneficiários da ajuda da UE.
Cada passagem da Comissão do Controlo Orçamental do Parlamento Europeu, esta questão é levantada pelos deputados que atiram a atenção da UE sobre estas irregularidades, apontando o envolvimento de Argel e sua persistência a fazer durar injustamente o drama dos seqüestrados no seu próprio território para atirar o benefício, refutando notadamente á organização de um censo das populações dos campos.
Além disso, os deputados europeus anotaram recentemente que Argel continua a impor taxas sobre a ajuda humanitária europeia destinada aos sequestrados em Tindouf e chamaram a atenção da Comissão Europeia sobre a "inaceitável" a prática.
O Comissário Europeu para a ajuda humanitária, Christos Stylianides, indicou neste contexto que "até o início de 2016, as compras destinadas a ser distribuídas sob a forma de doações para os refugiados sarauis, fatos no território argelino, foram ainda submetidas a IVA local, cuja taxa varia de acordo com os produtos. "
Ele lembrou que entre 2010 e 2014, a Comissão Europeia avaliou o montante do IVA pago a Argélia emdas compras locais, sobre os bens destinadas às populações dos campos de Tindouf de um milhão de euros, ou seja uma média de 200.000 euros por ano, o equivalente a 2% do montante anual da ajuda concedida pela União Europeia.
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