quinta-feira, 16 de Maio de 2024  
Pesquisa
  
Sahara
El Haule
carte
Musique El Haule

 actualidade

A Comissão Europeia "leva muito a sério o problema do desvio da ajuda humanitária" para os campos de Tindouf, sudeste da Argélia, confirmou Christos Stylianides, Comissário Europeu encarregado da ajuda humanitária. Respondendo a uma pergunta parlamentar sobre o "abuso sistemático" da ajuda humanitária europeia, trabalho organizado pelo Polisario e "certas autoridades argelinas", o Comissário europeu recordou as conclusões do relatório do Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF) publicado em 2015, que relatou os graves desvios da ajuda humanitária da UE, destinada para os campos de Tindouf, na Argélia, anotando que a Comissão Europeia  tomou a  este efeito "medidas providenciais e corretivas energéticas."
 

A questão dos deputados evocou também  o imposto da Argélia sobre sta ajuda, lembrando durante uma audição do director responsável pela ajuda humanitária na Comissão Europeia (DG ECHO) em julho de 2015, ele mencionou de fato que a Argélia submete  10 milhões de euros humanitários europeus a um imposto de 5% anualmente, pagos aos campos de Tindouf. De acordo com uma estimativa, a UE teria assim pago ao longo dos últimos trinta anos entre 10 e 15 milhões de euros em impostos para a Argélia.
 
O comissário europeu lembrou que, até o início de 2016, as compras destinadas aos campos para sua distribuição em forma de doações á população do acampamento, efectuadas no terriório argelino, foram ainda submetidas a IVA local, cujas taxas variam em funçao dos produtos.
 
Ele precisou que, desde 2004, a Comissão, com a Agência Espanhola para o Desenvolvimento (AECID), tem feito  regularmente contatos junto das autoridades argelinas sobre a recuperação do IVA das compras locais no quadro dos projetos humanitários.
 
Entre 2010 e 2014, recordou ele, a Comissão Europeia avaliou o montante do IVA pago sobre as compras locais de bens destinadas às populações dos campos de Tindouf, estimada a um milhão de euros, seja uma média de 200.000 euros por ano, o equivalente a 2% do montante anual da ajuda fornecida pela União Europeia.
 
Esta situaçao interpelou os deputados que pediram a Comissão Europeia exigir explicações da Argélia sobre este desvio.
 
Eles  pediram tambémn ao executivo da UE sobre as medidas tomadas para fazer pressão sobre a Argélia, visando um censo dos beneficiários desta ajuda, sendo que a superestimação dessas populações possibilita a apropriação indevida, como isso ten sido denunciado pelo OLAF.
 
Recordando que outros doadores reduziram a sua contribuição financeira, o Comissário europeu destacou que não pertence à União Europeia de realizar um censo dos beneficiários, anotando que esta questão deve ser examinada no contexto do processo conduzido pela Nações Unidas.
 
A questão do desvio europeu de ajuda humanitária por Polisario é frequentemente evocado no Parlamento Europeu, seja através das perguntas dos deputados durante a ocasião do exame da comissão de controlo orçamental relativo á quitação da execução dos orçamentos.
 
Em uma das resoluções da quitação orçamental, o Parlamento pediu a Comissão Europeia para assegurar que as autoridades argelinas e Polisario incriminado pelo relatório OLAF " não têm mais acesso a ajuda financiada pelos contribuintes europeus ".
 
O Parlamento Europeu exprimiu também a sua preocupação diante da falta de um censo da população nos campos de Tindouf, sublinhando que se trata de uma "situação anómala e única na história do Alto Comissariado para os Refugiados (ACR) das Nações Unidas. "


 -Notícias sobre a questão do Saara Ocidental / Corcas

 

   
  
 
 

 
Pagina principal   |  História do Sara  |  Geografia  |  Património Hassani  |  Assuntos sociais  |  Economia  |  Infraestruturas Instituições  |  Contactos
 
  Copyright © CORCAS 2024 - Todos os direitos reservados