Indicando que ao contrário de países de recepção já comprometidos e generosamente prontos para apresentar uma assistência e uma proteção aos refugiados, a Argélia continua sendo um caso excepcional, revelando um comportamento extremista na história de assistência internacional para os refugiados.
"Ao contrário dos verdadeiros países de recepção que assumem os custos de situações de refugiados, a Argélia escolhou outra abordagem, assujeitando a uma situação pretendida para os refugiados sarauis e que ela própria criou".
O sr. Boukili explicou que a Argélia é o único país que se opõe à aplicação de todas as soluções admissíveis e duradouras em prol dos campos de Tindouf, tornando-as, condicionadas à aplicação do regime, considerado ultrapassado e definitivamente descartado pelas Nações Unidas.
Tendo dito que a oposição da Argélia para o censo dos campos, o retorno voluntário para o Marrocos, a integração e alcançar a auto-suficiência, revela a recusa da Argélia respeitar a responsabilidade internacional, e agravar a tragédia humana dessa população.
"A recusa da Argélia do censo desta população constitui uma clara violação da Convenção de 1951, da missão da Comissão e das resoluções do Conselho de Segurança encarregadas desse recenseamento", acrescentou.
O sr Boukili declarou que esta recusa confirma que a Argélia quer continuar a esconder o número real dessas populações, pouco mais do que 20 a 25 mil pessoas, acrescentando: "Pior disso e que a Argélia tem sido há anos explorando a generosidade dos doadores internacionais, oferecendo relatórios falsos; estimando o povo a 165 mil pessoas, mas ela é preocupada pelo desvio da assistência internacional e do censo do povo detido.
A este respeito, a Argélia prejudica o censo e o registro de moradores do campo; escondendo a verdade sobre a origem da população que vivia nesses campos e aqueles verdadeiramente elegíveis para assistência internacional e ter estatudo de refugiado.
Destacando a este respeito que a Argélia ficou preocupada pelo número de argelinos que vivem permanentemente nesses campos e o número de quadros de Polisário que obtiveram cidadania estrangeira, mas eles continuam ainda beneficiando da ajuda humanitária à custa da população do campo. "
Marrocos, que participa das discussões do ACNUR, tendo em vista avaliar os custos incorridos pelos países receptores, considera a situação da Argélia excepcional em relação aos registros do Escritório do Alto Comissário.
Acrescentando que "deve ser objecto de avaliação independente, à luz da responsabilidade política baseada na criação e manutenção desta situação, além da militarização dos campos de Tindouf, da oposição ao censo e as soluções sustentáveis, para este povo saraui, cujos direitos humanos continuam sendo violados."
"Deve ser objeto de uma avaliação independente, devido a sua responsabilidade política que visa perpetuar esta situação, a militarização dos campos de Tindouf, a oposição ao censo e as soluções duradouras, diante das violações contínuas de direitos humanos nesses campos", sublinhou ele.
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