Tais intervenções de muitos parlamentares e especialistas presentes enfatizaram ainda os desafios de segurança e defesa num contexto geopolítico global, instável e da necessidade de agir rapidamente para enfrentar tais desafios, e através do fortalecimento de parcerias com os aliados tradicionais do Reino Unido, a saber o Marrocos.
Assim, o deputado conservador, Liam Fox, explicou que os principais aliados do Reino Unido, incluindo França, Alemanha, Espanha, Países Baixos e Estados Unidos, manifestaram o seu apoio ao plano de autonomia marroquino.
Esclarecendo que “no momento em que enfrentamos uma série de ameaças à segurança global, esta proposta marroquina só pode cair neste sentido”, chamando para “dar um impulso a Marrocos, principal aliado na região”, com “ grande” potencial de cooperação, sobretudo nas áreas de segurança e defesa.
No mesmo contexto, Sir Simon Mayall, oficial do exército britânico e actual conselheiro nos assuntos do Médio Oriente no Ministério da Defesa, salientando sobre os recentes desenvolvimentos na geopolítica global, os riscos de segurança, tanto nas regiões do sahel-saara, bem como nas questões ligadas às perspectivas económicas e acesso à educação e ao emprego. .
Acrescentando: “É por isso que tem que apoiar países seguros, estáveis e prósperos, capazes de contribuir globalmente nesta direção de paz, como prioridade”, apontando ainda que Londres deve “voltar-se para apoiar parceiros confiáveis com os mesmos valores (...) contra o problema da integração territorial e soberania do Marrocos?"
Segundo o especialista, dado o aumento do potencial económico, da segurança e da prosperidade do Reino, razão pela qual apoia-se o plano de autonomia marroquino, "modelo capaz de levar a uma solução da crise humanitária nos campos de Tindouf, constituindo um foco de recrutamento de terroristas ou gangues ligadas à imigração ilegal."
Assim, a recente fragilidade das rotas marítimas necessita preservar a segurança nas costas atlânticas, como o caso de Dakhla, a tornar o maior porto de contentores da costa atlântica de África, a exemplo de Tânger, considerado o maior porto do Mar Mediterrâneo.
Acrescentando que este porto terá um “grande impacto em toda a região do Sahel”, em termos da melhoria da económica dos países da região, “ reduzindo, assim, os riscos de insegurança”.
Por sua vez, reafirmar a importância dos projectos lançados pelo Marrocos na costa atlântica do ponto de vista econômico, isso depende da cooperação com Rabat em termos da defesa, segundo o deputado conservador Daniel Kawczynski que considera o Reino, um modelo nos direitos das mulheres, da religião, da tolerância e no quadro da aplicação do Estado de direito e democracia.
Para o Professor Mark Wheeler, Presidente da Cátedra de Direito Internacional e Estudos Constitucionais da Universidade de Cambridge, o qual destacou a posição de Marrocos em termos de laços jurídicos que tornam o Saara parte integrante desde os tempos antigos, dado Tribunal Internacional em termos da existência laços consagrados, em 1975.
Por sua vez, o chefe do conselho da região de Dakhla-Oued Eddahab, Khattat Yenga considerou o desenvolvimento da região algo “incrível”, graças aos projetos gigantescos que atendem a população local.
Tal desenvolvimento integral é ligado a uma linha direita com a visão real sobre as regiões do sul do Reino, tornando-se um pólo de desenvolvimento económico, social e ambiental, para o desenvolvimento de África como um todo.
Por sua vez, o Embaixador de Marrocos no Reino Unido, Hakim Hajjaoui não deixou de anotar que “a iniciativa de autonomia marroquina constitui a única proposta realista, capaz de resolver este conflito regional”, permitindo acabar com este diferendo e todas as ameaças que pesam sobre a região em termos de paz e conflitos tribais.
Tal reunião contou, com a presença de cerca de quinze parlamentares e diplomatas, além de membros da Comissão dos Negócios Estrangeiros, apoiando fortemente as diversas apresentações sobre o plano marroquino de autonomia, visando as províncias do sul.
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